Nesta sexta-feira (15/7), SES-GO capacitou cerca de 400 profissionais da rede pública e privada em Vigilância da Monkeypox
O Governo de Goiás definiu protocolos de enfrentamento à Monkeypox, forma de varíola que não tem relação com macacos no Brasil, pois a contaminação no nosso país é apenas em humanos. Segundo especialistas reunidos nesta sexta-feira (15/7) no auditório da Superintendência de Escola de Saúde de Goiás (SESG) da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o Brasil não é área endêmica da doença e, portanto, os animais não portam o vírus, apenas os seres humanos, que podem transmitir por meio de contato íntimo com secreções, gotículas de saliva e objetos compartilhados contaminados.
Até essa sexta, Goiás registra quatro casos confirmados e seis suspeitos de monkeypox, forma de varíola endêmica no continente africano, mas que em maio desse ano, surgiu de forma inesperada na Europa Central e se espalhou por mais de 59 países. Com alta transmissibilidade, a doença se caracteriza por lesões doloridas na pele, mas tem baixa taxa de letalidade, com atenção para a ocorrência em pessoas imunossuprimidas, gestantes, crianças e idosos.
Vigilância
A SES-GO vem capacitando profissionais da rede pública e também da rede privada com relação aos protocolos de assistência e vigilância dos casos. No terceiro treinamento deste ano, cerca de 400 profissionais de saúde (250 profissionais presenciais e cerca de 80 profissionais acompanhando remotamente) reuniram-se para ouvir as palestras e orientações da Vigilância em Saúde estadual, com foco em rastreio e monitoramento dos casos, fluxo laboratorial e de assistência nas unidades de saúde. Os casos suspeitos de Monkeypox deverão ser notificados de forma imediata, em até 24 horas, pelos profissionais de saúde de serviços públicos e privados às autoridades de vigilância epidemiológica.
Segundo os técnicos da Vigilância em Saúde, é de extrema importância tanto a detecção precoce dos casos suspeitos nas unidades de saúde, como a notificação e o isolamento, rastreio e monitoramento de contatos, a fim de conter a cadeia de transmissão. A orientação da SES é que a conduta de todos os profissionais de saúde deve ser balizada pelos municípios, por meio de planos de contingência contendo todas as informações repassadas nas capacitações.
Rede de referência
A experiência dos municípios com a notificação dos casos deve ser exercida com a Monkeypox e é considerada fundamental para evitar propagação dos casos. Os pacientes com suspeita devem ser isolados, receber máscaras de proteção e os profissionais devem fazer o rastreio dos contatos, bem como se protegerem com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), visto que o contato prolongado deles com os pacientes os tornam fontes de possível contágio.
Os pacientes serão tratados na Atenção Primária de Saúde com diagnóstico diferencial, assistência, coleta de amostra para teste laboratorial e monitoramento. Caso o paciente apresente sinais de gravidade e/ou condições especiais para indicação de internação hospitalar, deve-se contatar o Complexo Regulador Estadual (CRE) para solicitar internação, e logo que liberada a vaga, o mesmo deverá ser removido ao hospital, utilizando as medidas pertinentes de precauções no transporte.
Os hospitais destinados à internação, conforme as macrorregiões são: o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), em Goiânia, para toda região Central, Oeste e Nordeste, bem como o Hospital Estadual da Criança e da Adolescente (Hecad) e o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), em Aparecida de Goiânia, para a região Central e Sudeste do estado.
Na região Sudoeste, o Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás (Herso), em Santa Helena, e o Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho. Para as regiões Centro Norte e Nordeste, as unidades são o Hospital Estadual de Anápolis (Heana) e o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu.
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás
Foto: Iron Braz